Tripulantes: Munir Ricardo Alle, Silvio Telles e Alexandre Gadret.
Destino - Rio Grande
Saindo Do CDJ - Porto Alegre |
Depois de esperar pela janela de tempo certa desde o final de semana, saímos de Porto Alegre quarta feira dia 8 de fevereiro as 1315hs com destino a Rio Grande.
Esperávamos um velejo tranqüilo com ventos fracos de NE e possivelmente um temporal próximo a entrada do canal da Feitoria.
Na verdade saímos sem vento e motoramos até Itapuã, onde já começava a soprar um vento de NE. Entrando na Lagoa dos Patos, colocamos os panos pra cima, abrimos a trinqueta e a genoa, com um ponto bem aberto. O barco logo estava fazendo 7,5 nós. O calor estava insuportável, então aproveitamos para tomar um banho de lagoa sendo arrastados na popa do barco. Claro que para isto tivemos que soltar bem as velas para que a velocidade diminuísse par uns 5 nós. Logo após o banho, consegui chutar uma antepara dento do barco e quebrei o dedinho do meu pé direito. Doeu muito e me lembrou de NUNCA andar descalço no barco.
Alexandre - Excelente no covéz e na cozinha |
O Alexandre mostrou uma de suas qualidades e assumiu a cozinha, preparando um jantar, massa a bolonhesa (um pouco exagerado na quantidade, mas muito bem feita). Daí para frente ele cozinhou todas as refeições.
Velejávamos bem e por volta das 2200hs eu fui deitar, porém o calor era de mais para conseguir dormir confortavelmente. A 0000hs notei uma movimentação da tripulação e ouvi ligarem o motor. Logo me dei conta de que as luzes que via não era a lanterna iluminando as velas. Assim me levantei para deparar-me com o início do temporal. Muitos raios, chuva forte e um vento de uns 50 a 60 nós a uns 15° na nossa proa. Estávamos bem entre o banco da Dona Maria e o Bojuru. A velocidade do barco caiu para 1,8 nós e a nossa proa ia direto para o Bojuru (terra).- A tripulação mostrou-se preparada, e assim que o vento diminuiu, ligaram o motor e tiraram todas as velas.- Eu e o Alexandre estávamos protegidos sob o Dog House enquanto o Silvio seguia açoitado pela chuva no timão. Aos poucos fomos corrigindo a rota e conseguimos acertar o rumo e também melhora a velocidade elevando-a a 2,5 nós. O temporal durou apenas uns 45 min, e logo depois a lua cheia voltou a brilhar.
Pescadores de Camarão |
As 0645hs passávamos pela primeira bóia do canal da feitoria onde navegamos sem nenhum problema. Encontramos muitos pescadores de camarão estavam fazendo a festa com a maior safra deste crustáceo nos últimos anos.
Bem próximo a Rio Grande quando fomos preparar os cabos para as amarras notei algo muito estranho. A luz de navegação estava pendurada pelos fios e a âncora Bruce de 20 kg não estava mais na proa do barco. Apenas se via a corrente e o distorcedor. A âncora se foi com as ondas no temporal. O parafuso do distorcedor caiu e âncora foi atrás. Desta situação surgiram várias piadas, do tipo – quem vendeu a âncora para os pescadores no meio da lagoa, um tripulante com a bagagem muito pesada ao desembarcar... etc.
1215hs chegamos ao RYC. Amarramos o barco no Trapiche externo, pois não sabia que os trapiches internos haviam sido dragados e agora calam 3 m. Pude comprar uma ancora CQR usada na loja ao lado do RYC.
Checamos a previsão de ventos e vimos que os ventos do quadrante Sul permaneceriam até o domingo dia 12, quando começariam a mudar novamente, soprando então de NE novamente. Decidimos voltar para Porto Alegre e retomar a viagem no dia 12, domingo.
A esquerda - Silvio sempre mantendo o barco organizado.
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