Prefácio

Este Blog destina-se a falar de veleiros, navegadores, e também contar as aventuras do nosso veleiro Bella Mar. O Bella Mar é um veleiro MB 45´construído em Porto Alegre pelo sr. José Carlos Cristini, de quem eu adquiri o barco em outubro de 2010. A construção do Bella Mar, que chamava-se Paradoxo, teve início em 1998 e terminou em 2003. Na sua construção foram usados reforços extras além de placas de Divinicell no convéz e costado. A carpintaria foi feita pela Barcosul. A quilha, agora de chumbo, e o leme foram re-projetados pelo Carabelli, e o seu novo calado é de 1,65m. a mastreação, fabricada pela Farol Náutica, também teve a sua altura reduzida em 2 m, e tem armação em Cutter com cruzetas anguladas. ________________________________________________________________________ Bons Ventos a Todos, ______________________ Munir Ricardo Alle

29 de out. de 2011

Veleiro Delta 41

Dia 25 de outubro tive a oportunidade de ver o novo veleiro da Delta Yachts. O tão esperado Delta 41.

Estava passado pelo Veleiros do Sul, para providenciar uma carreta com capacidade para o Bella Mar, quando me deparei com o Ricardo Weber e o novo veleiro Delta 41 que acaba de ser lançado.
Estavam reunidos, o Ricardo Weber, Nestor Wolker e o Manotaço, discutindo alguns aspectos do novo barco.  Logo chegou também o Boris Ostegren para também apreciar o barco.

Como todos os barcos da Delta, este também é muito bem feito, e o cuidado nos detalhe e sofisticação são evidentes desde a escolha das ferragens, gelcoat, mastreação e é claro, no acabamento interno.

O Delta 41 vem com buja auto cambante , iluminação toda em LED duas rodas de leme. Estas um pouco pequenas na minha opinião, mas sem dúvida deixam um pouco mais de espaço no cockpit.
As vigias laterais de abrir estão abrigadas sob um pequeno overlap do convés sobre a cabine seguindo uma tendencia moderna, vistas nos modelos mais atuais da Beneteau e da Hanse. Este overlap permite que deixe-se a vigia aberta sem que, em caso de chuva ou sereno,  água caia dentro do barco. No dia que visitei o barco chovia, e a água não entrava no barco.

O espaço interno é muito bom, e o banheiro tem Box separado e com acesso ao paiol de popa.
As cabines, de popa e de proa também são espaçosas e claras.

Os balcões da cozinha e banheiro são em Corean, e a mesa de navegação tem um tamanho correto.




Sem dúvidas um lindo barco onde foi empregada muita tecnologia e design além do esmero na qualidade dos acabamentos comuns aos  veleiros da Delta.


Parabéns ao pessoal da Delta Yachts e ao Nestor Volker por mais este veleiro que será um grande sucesso.

Ao Lado o casco no. 1 do Delta 41

17 de out. de 2011

Navegando Sem Eletrônicos

É verdade que todos nós hoje sabemos usar um GPS e quase todos os barcos, se não todos, tem um pelo menos um Chart Ploter a bordo.
O problema esta na nossa dependência destes instrumentos eletrônicos, que sem sombra de dúvidas, muito facilitam as nossas vidas. Recentemente, nos Estados Unidos houve interferência na transmissão de dados dos GPS causadas por uma freqüência de rádio muito próxima da freqüência utilizada pelos sistemas de GPS, causando pânico e protestos.
Isto mostrou uma das vulnerabilidades do sistema, e levantou a pergunta: Quem de nós ainda se considera apto a fazer navegação por estimativa, ou ainda pelo sol com uso de sextante?
O que fazer quando o GPS falha? Ou melhor, quando os eletrônicos falham?
Por isso é muito importante, de tempos em tempos fazer a navegação com uma alidade, a carta náutica de papel, réguas etc. afim de que não esqueçamos estas habilidades que a poucos anos atrás eram  só o que tínhamos.
Também é importante saber quanto o barco deriva na orça e ter estes parâmetros anotados. Saber considerar correntes, principalmente no mar aberto é outro fator importante. Em especial velejadores dos mares do Sul do Brasil que enfrentam correntes muito fortes entre o Rio Grande e Florianópolis, seja com vento Nordeste, ou Sul.  Estes parâmetros podem ser observados facilmente quando se usa o GPS. Basta apenas anotar para uma eventualidade futura.

Recentemente a Regata  Marion (USA) to Bermuda contou com oito barcos na categoria de 50 pés que navegaram sem auxilio de GPS, usando apenas navegação celestial e por estimativa. Todos chegaram sem problemas.
Aqui vai uma dica importante para calcular a velocidade de um barco, quando não se tem instrumentos:
1o. Larga-se uma lasca de madeira, rolha, ou qualquer outo artefato que flutue na proa do barco, como mesmo em movimento, e  marca se o tempo que este objeto demora para cruzar a linha da popa do barco.
2o. Aplicando este tempo observado a formula abaixo, pode-se calcular a velocidade do barco.
Calculando  a velocidade de um barco:

Velocidade  =  60 (seg/min) X 60(min/Hor) X comprimento do barco em pés / 6076,1(pés/Mil naut)  X  tempo (seg)

No caso do Bella Mar, já tenho a formula reduzida a seguinte forma:

V=(3600X45)/(6076,1X T)

V=26,6618/ T

Isto pode ser muito útil, e mantido no livro de bordo.
Vale à pena testar estas técnicas. Nunca sabemos quando vamos precisar delas.