Prefácio

Este Blog destina-se a falar de veleiros, navegadores, e também contar as aventuras do nosso veleiro Bella Mar. O Bella Mar é um veleiro MB 45´construído em Porto Alegre pelo sr. José Carlos Cristini, de quem eu adquiri o barco em outubro de 2010. A construção do Bella Mar, que chamava-se Paradoxo, teve início em 1998 e terminou em 2003. Na sua construção foram usados reforços extras além de placas de Divinicell no convéz e costado. A carpintaria foi feita pela Barcosul. A quilha, agora de chumbo, e o leme foram re-projetados pelo Carabelli, e o seu novo calado é de 1,65m. a mastreação, fabricada pela Farol Náutica, também teve a sua altura reduzida em 2 m, e tem armação em Cutter com cruzetas anguladas. ________________________________________________________________________ Bons Ventos a Todos, ______________________ Munir Ricardo Alle

3 de dez. de 2011

Bella Mar de volta as águas...

 VOLTANDO AO SEU HABITAT NATURAL


PRONTO (a Cima)










  
O CASCO ANTES (direita, cima)



 "Reparem que as algas já estavam mortas devido ao uso do Antifoulong Ultrasônico, que fora instaldo alguns dias antes de tirarmos o barco da água."


Finalmente o Bella Mar foi para a água depois de 3 semanas em seco se preparando para o verão, ou diria, os próximos verões.

Para mim, o planejamento e a logística desta empreitada me deram mais trabalho do que o serviço em si, pois levantar um barco de 14 Toneladas, como é o Bella Mar no Clube dos Jangadeiros é uma tarefa complicada. Primeiro porque estamos no limite do guincho, depois temos o problema da falta de carreta para desloca lo no pátio, e por último a mão de obra, pois a sua área molhada mais parece um edifício. Resolvido tudo isto. Contratei os melhores profissionais (Pedro Donatti, Pedro Bicudo e Ricardo Duquinha) e depois que o barco saiu da água fui passar um pouco de frio, a trabalho na Europa.
 

Neste processo fizemos uma nova plataforma na popa, pois quando o barco foi construído, não fizeram uma. No corte feito podemos observar a qualidade da laminação, divinicell e estrutura deste barco, conforme foto ao lado.


Também foi feita a tão esperada pintura de fundo. Optei por usar as Tintas da INTERNACIONAL, fornecidas pela INTERSUL do Afonso, que como sempre, supervisionou pessoalmente os trabalhos realizados. Pedi a ele que desenvolvessem um plano de pintura que durasse pelo menos 3 anos. Assim ele me sugeriu usar, ao invés das tintas utilizadas normalmente em embarcações de recreio, usar o tipo de tinta para barcos comerciais que tem garantia de 36 meses, conforme segue a seguir:

01 demão geral de tinta GALVERETTE branca (camada fina)
01 demão geral abaixo da linha dágua de tinta INTERGARD 263 – epoxi selador
03 demãos de tinta INTERSPEED 6400 vermelho  


Para garantir o não crescimento de cracas, Algas, nem mexilhões dourados quando o barco ficar parado por períodos mais longos, instalei um Antifouling Ultrasônico, este garante a não formação da placa, aquela "gosminha" onde todos os organismos aderem depois. Com o Antifouling Ultrasonico, protegemos até hélice e o eixo, que não recebem tinta.
Falaremos em detalhes sobre este equipamento em outra postagem.

Mais alguns ajustes finais e em Janeiro vamos para o Uruguay, se Deus quiser!    ~_/) ~

3 de nov. de 2011

VOLVO OCEAN RACE NA PALMA DA MÃO!

Vai começar a escalada do Everest da vela.

Um dos poucos grandes desafios no mundo moderno. A volvo Ocean Race.

Este grande evento esportivo, que acontece em lugares tão distantes é acompanhado de perto pela grande maioria dos velejadores e entusiastas atravé do uso de tecnologia no site http://www.volvooceanrace.com/ .
Contudo agora ficará ainda mais fácil de se acompanhar este evento com as versões para celulares e tablets.
É só baixar o aplicativo para o seu aparelho e ficar antenado na evolução da flotilha.


O aplicativo gratuito da Volvo Ocean Race 2011-12 pode ser baixado dos seguintes sites:

iTunes:
itunes.apple.com/app/volvo-ocean-race-2011-2012/id471263328?mt=8
Android Market:
https://market.android.com/details?id=net.volvo.oceanRace&feature=search_result

29 de out. de 2011

Veleiro Delta 41

Dia 25 de outubro tive a oportunidade de ver o novo veleiro da Delta Yachts. O tão esperado Delta 41.

Estava passado pelo Veleiros do Sul, para providenciar uma carreta com capacidade para o Bella Mar, quando me deparei com o Ricardo Weber e o novo veleiro Delta 41 que acaba de ser lançado.
Estavam reunidos, o Ricardo Weber, Nestor Wolker e o Manotaço, discutindo alguns aspectos do novo barco.  Logo chegou também o Boris Ostegren para também apreciar o barco.

Como todos os barcos da Delta, este também é muito bem feito, e o cuidado nos detalhe e sofisticação são evidentes desde a escolha das ferragens, gelcoat, mastreação e é claro, no acabamento interno.

O Delta 41 vem com buja auto cambante , iluminação toda em LED duas rodas de leme. Estas um pouco pequenas na minha opinião, mas sem dúvida deixam um pouco mais de espaço no cockpit.
As vigias laterais de abrir estão abrigadas sob um pequeno overlap do convés sobre a cabine seguindo uma tendencia moderna, vistas nos modelos mais atuais da Beneteau e da Hanse. Este overlap permite que deixe-se a vigia aberta sem que, em caso de chuva ou sereno,  água caia dentro do barco. No dia que visitei o barco chovia, e a água não entrava no barco.

O espaço interno é muito bom, e o banheiro tem Box separado e com acesso ao paiol de popa.
As cabines, de popa e de proa também são espaçosas e claras.

Os balcões da cozinha e banheiro são em Corean, e a mesa de navegação tem um tamanho correto.




Sem dúvidas um lindo barco onde foi empregada muita tecnologia e design além do esmero na qualidade dos acabamentos comuns aos  veleiros da Delta.


Parabéns ao pessoal da Delta Yachts e ao Nestor Volker por mais este veleiro que será um grande sucesso.

Ao Lado o casco no. 1 do Delta 41

17 de out. de 2011

Navegando Sem Eletrônicos

É verdade que todos nós hoje sabemos usar um GPS e quase todos os barcos, se não todos, tem um pelo menos um Chart Ploter a bordo.
O problema esta na nossa dependência destes instrumentos eletrônicos, que sem sombra de dúvidas, muito facilitam as nossas vidas. Recentemente, nos Estados Unidos houve interferência na transmissão de dados dos GPS causadas por uma freqüência de rádio muito próxima da freqüência utilizada pelos sistemas de GPS, causando pânico e protestos.
Isto mostrou uma das vulnerabilidades do sistema, e levantou a pergunta: Quem de nós ainda se considera apto a fazer navegação por estimativa, ou ainda pelo sol com uso de sextante?
O que fazer quando o GPS falha? Ou melhor, quando os eletrônicos falham?
Por isso é muito importante, de tempos em tempos fazer a navegação com uma alidade, a carta náutica de papel, réguas etc. afim de que não esqueçamos estas habilidades que a poucos anos atrás eram  só o que tínhamos.
Também é importante saber quanto o barco deriva na orça e ter estes parâmetros anotados. Saber considerar correntes, principalmente no mar aberto é outro fator importante. Em especial velejadores dos mares do Sul do Brasil que enfrentam correntes muito fortes entre o Rio Grande e Florianópolis, seja com vento Nordeste, ou Sul.  Estes parâmetros podem ser observados facilmente quando se usa o GPS. Basta apenas anotar para uma eventualidade futura.

Recentemente a Regata  Marion (USA) to Bermuda contou com oito barcos na categoria de 50 pés que navegaram sem auxilio de GPS, usando apenas navegação celestial e por estimativa. Todos chegaram sem problemas.
Aqui vai uma dica importante para calcular a velocidade de um barco, quando não se tem instrumentos:
1o. Larga-se uma lasca de madeira, rolha, ou qualquer outo artefato que flutue na proa do barco, como mesmo em movimento, e  marca se o tempo que este objeto demora para cruzar a linha da popa do barco.
2o. Aplicando este tempo observado a formula abaixo, pode-se calcular a velocidade do barco.
Calculando  a velocidade de um barco:

Velocidade  =  60 (seg/min) X 60(min/Hor) X comprimento do barco em pés / 6076,1(pés/Mil naut)  X  tempo (seg)

No caso do Bella Mar, já tenho a formula reduzida a seguinte forma:

V=(3600X45)/(6076,1X T)

V=26,6618/ T

Isto pode ser muito útil, e mantido no livro de bordo.
Vale à pena testar estas técnicas. Nunca sabemos quando vamos precisar delas.

7 de set. de 2011

UPGRADES NO BELLA MAR

Visando o verão e a viagem para o Rio da Prata que se Deus quiser farei em dezembro/2011, o Bella Mar está recebendo uma série de upgrades. Isto vai desde Eletrônicos e enrolador até uma pintura de fundo nova.

Dentre as primeiras modificações, está uma geladeira nova, mais eficiente, e versátil que a antiga. Esta funciona em 110/220 v 50/60 Hz, além, é claro, de 12 v.

Instalei chuveiro com um "Box" para banho que não tinha.

Depois disso, o barco recebeu dois Ploters. Um para a bitácora e outro na mesa de navegação. Sendo que o primeiro eu já tinha há alguns anos, um Garmmin pequeno. Já o da mesa de navegação é um Northstar de 12" com Radar digital que eu comprei na Equinautic. O funcionamento deste radar é fantástico, sem termos de comparação com os antigos em qualidade de imagem e eficiência. Ainda em eletrônicos, instalei um VHF novo, com receptor de AIS.

Para entretenimento foi instalado uma TV de LED e um sistema de som com DVD.

Já na parte elétrica, adicionei novas luzes de navegação de LED, duas placas solares de 40 W e um gerador eólico de 400 w (fornecidos pela Brasil Hobby). Mais dois baterias de ciclo profundo para serviço, totalizando 450 A.

No convés foi instalada uma targa com turco (feitos pela Náutica Navegantes, Sadi), onde foram instalados o Gerador Eólico e as Placas Solares.

Na Retranca colocamos uma armação em alumínio (Sadi) para que a vela fique apoiada quando baixa, pois substitui o antigo bate vela por uma capa tradicional (Tolaso Sails).

Ao Redor do mastro foi adicionado um par de "granny bars", barras de segurança (Sadi) para ter apoio quando se trabalha as adriças e rizos.

O Barco já tinha um stay para trinqueta, assim foi só instalar um enrolador da Nautos e uma retranca, feita pela Farol Náutica e a vela nova com Dacron de 9.4oz (Olimpic) .

Dependemos agora apenas de fazer a pintura de fundo, com as tintas da INTERNATIONAL (usada em barco comercial, com duração de 36 meses) e o barco estará pronto para o verão!

(logo publicarei as fotos)

21 de jul. de 2011

Punta Del Este 2011


               Fotos da Atrevida em Punta del Este


Faço esta postagem em agradecimento ao meu amigo Guto do YCRG, que representa bem a hospitalidade do seu clube, e me enviou um cd com imágens das regatas Rolex Clássic de janeiro de 2011 .
...Seguem algumas imágens.
Abaixo Atrevida e o Farol de Punta del Este.                                                                            
Gilberto Miranda, Tatu, Fábio e Munir (baixo)                                                                          

Tatu, Munir, Guto e Átila representando o Rio Grande do Sul. (lado); Carlinhos (i. Bela) - ao fundo.
Reconhecimento na entrega de premios (cima).

6 de mai. de 2011

Veleiro Blues de Rio Grande a Porto Belo

O Pig e a Tita me convidaram para ajudar a levar o veleiro Blues de Rio Grande a Florianópolis, um . Um Bruce Roberts de 46´ feito em aço, com cockpit central e muito confortável, mas que nunca havia sido testado no mar.

As previsões marcavam condições favoráveis para o domingo, com a entrada da frente na madrugada deste. Assim fui para Rio Grande no sábado. Dormimos cedo, mas as 3:00 já eu estava acordado, pois notei que o vento havia mudado. Já soprava um Oeste. Acordei a tripulação que ainda contava com o Rafael Sperb, da Associação Náutica de Itajaí.

Saímos com calma e as 5:30 já da barra de Rio Grande velejávamos a 6 nós. O vento foi aumentando, sempre na direção favorável ( W, SW), mas com ondas ainda desencontradas. Como passar do tempo, as ondas foram se alinhando e a velejada foi ficando mais confortável.

Outro fator que ajudava era a velocidade do vento que aumentava, e por volta das 20hs o barco já estava fazendo 9 nós chegando a 14 nós em algumas planadas. Muito bom considerando o peso do barco que carregado chega perto de 18 ton. Logo fomos forçados a reduzir os panos e estávamos com a vela grande na 2ª forra e a trinqueta somente.

Por volta das 22:30 já estávamos passando pela bóia em Tramandaí. O barco continuava muito rápido e a medida que as ondas aumentavam, as planadas eram mais constantes.

Fizemos mais de 200 milhas em 24 horas, e o moral estava alto. A Tita, que sempre enjoa, estava bem, e o Pig só havia alimentado os peixes uma vez, mas recuperou-se em seguida. O Rafael, que é oceanógrafo e também entende muito de navegação eletrônica, cuidava da navegação com o Pig. Mas ele tinha outra boa qualidade a bordo. Ele é um exelente cozinheiro, a Tb estávamos bem alimentados.

Já na segunda feira, começaram as chamadas gerais, ... Ressaca para área Alfa, ... Ondas de 2 a 3 metros para área Alfa, ... Ondas de 4 a 5 metros para área Alfa... e assim foi. O Vento chegou aos 38 nós e as ondas ficaram na média de 4 a 5 metros, com as máximas sem torno de 10 metros. Estas maiores quebravam por cima do barco, e chegavam a inquiná-lo uns 30 graus para frente. Velejamos só com a trinqueta e o barco mantinha a velocidade entre 9 e 11 nós. Parecia uma montanha Russa! A popa com fundo chato e a quilha de pouco calado e longa e ligada ao skeg no leme ajudaram bastante na estabilidade do barco com o vento a favor.
Chegamos na barra da Baia Sul de Florianópolis antes das 4:00. Contudo, devido as grandes ondas que quebravam na barra sul decidimos seguir direto a Porto Belo. Onde atracamos com sol num perfeito dia de outono.

Foi uma velejada perfeita, uma prova de fogo para o barco, o Pig e a Tita, que todos passaram muito bem.

Aos mais incredulos, com relação as condições de mar e vento, chequem o site do Programa PNBOIA - Bóia de Santa Catarina WMO 31374 ARGOS 69150 a baixo: copiem o link e colem no navegador.


https://www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/dados/pnboia/boia_sc.htm


19 de abr. de 2011

Antigua Classic

A ATREVIDA que participa do maior evento de veleiros Clássicos do Caribe ganhou dia 18 de abril a sua primeira regata, ficando em segundo nas outras duas. Além de conseguir esta façanha, a Atrevida ainda foi destaque pela elegância e por ser o veleiro mais antigo na competição. Realmente algo para dar orgulho aos Brasileiros, que sempre são bem representados em competições náuticas pelo mundo. Infelizmente, por motivo de trabalho não pude ir, mas estão na Tripulação Atila Bohm – Skiper e o Tatu.- Imediato

6 de abr. de 2011

O MAIOR VELEIRO JÁ CONSTRUÍDO

Em setembro de 2010 a Dream Ship Victory assinou um contrato com Dykstra & Partners para a construção do Veleiro Dream Symphony que tem design de Ken Freivokh e será o maior veleiro já construído com 462 pés de comprimento.
O projeto e conceito foram apresentados ao mundo náutico no Monaco Yacht Show, e sua a construção já teve inicio.
Este veleiro, não somente será o maior do mundo, como também está sendo construído em madeira. O Estaleiro Dykstra & Partners está localizado na Turquia e é especializado em construção em Yachts de madeira. É um estaleiro que mistura alta tecnologia com técnicas artesanais, e está sempre aberto para contratação dos melhores artesãos em madeira do mundo, além de vários outros tipos de técnicos.

Para maiores informações visitem:
Dream Ship Victory: www.dsvyachts.com
Dykstra & Partners: www.gdnp.nl
Ken Freivokh Design: www.freivokh.com

31 de mar. de 2011

Pirataira - Um risco real

Infelizmente a pirataria tem sido uma constante nos noticiários e mais ainda nos oceanos , baias e até marinas.

O Golfo do Yemen tem chamado a atenção do mundo pelo volume e tipos de embarcações que tem sido vitima destes criminosos. Normalmente o resultado é desastroso. Já cairam vítimas destes predadores tripulantes de diversos países. Recentemente, franceses, dinamarqueses e americanos pereceram naquela localidade.
Estes casos mais recentes levaram os participantes do  Round-the-World Rally optarem por darem um tempo ao seu cruzeiro e despacharam os seus barcos de návio. Os barcos foram carregados em um navio no porto de  Salalah, Oman e retirados en  Marmaris na Turkia onde eles continuam o cruzeiro, já no Mediterrâneo, evitando assim o mar vermelho e as regiões próximo a Somália.
 No Brasil este é um fato que vem ocorrendo cada vez com mais freqüência. Áreas como Canal de Bertioga, Santos, e Peruíbe em São Paulo e algumas regiões do Rio de Janeiro já registraram muitos ataques e principalmente furtos de botes e motores de popa. Outras regiões perigosas são:   Salvador, que recentemente foi classificada como local inseguro para navegadores e turistas - motivo este que levou a troca de porto da das regatas Velux 5 Oceans para Punta del Leste, e tb a  volta ao Mundo Cliper, que agora para no Rio de Janeiro.

Claro, que o lugar mais perigoso do Brasil continua sendo a Foz do rio Amazonas, no Pará e Amapá, onde o famoso velejador Sir. Peter Blake (NZ) foi assassinado. Os ataques a embarcações comerciais e de recreio são quase diários.

Como defender-se então? Carregar armas a bordo pode ser um risco ainda maior, e isto é assunto para muita discussão. Mais importante é estar alerta, comunicarmos uns aos outros sobre as áreas de risco e evita-las , pois sabemos que as autoridades não tem sido eficazes na redução da criminalidade.

Bons Ventos

30 de mar. de 2011

Marinheiros de Primeira Viagem

Sempre pensei em escrever um breve guia para marinheiros de primeira viagem. Muitos de nós falhamos em dar as instruções apropriadas aqueles que vão sair de barco pela primeira vez. Seja isto para uma travessia longa ou um cruzeiro de um dia. A falta é unicamente do capitão que tem que informar, e não assumir que as pessoas saibam como se portar ou se vestir em um veleiro.

A alguns anos atráz comprei um veleiro MOD 40  no Rio de Janeiro, e devido ao trabalho que me prendia, contratei um skiper para levar o barco até Florianópolis onde eu assumiria o barco para traze-lo até Rio Grande, e depois Porto Alegre.
O Skiper, por sua vez, contratou 2 ajudantes. Me espantei ao ver-los no trapiche! Os 2 vestiam traje alto esporte, sapatos social,  paletó de couro etc... e carregavam uma pequena malinha.
Achei aquilo estranho, mas havia contratado um experiente skiper, e achei que ele sabia oque estava fazendo. Logo fui obrigado a chamar a atenção dos 2 "marujos" pois andavam pelo barco de sápato social.
Um deles me respondeu:
-Esqueci o tenis "Nike Shoks"  novinho que havia comprado para a viagem, no onibus. Mas este sapato é muito bom, é um " ferracini".
 Pedi então que ficassem descalços, pois com aquele sapato ele iria arranhar o barco e tb. não duraria muito tempo sem escorregar e cair na água.
Os 2 " marujos" não levaram cobertores, nem roupa de tempo. Ainda é preciso salientar que era no mes de junho, e fazia 12 graus C em Angra dos Reis.
Assim que o barco atracou em Porto Belo os 2 sairam correndo do barco como loucos de baixo de uma chuva torrencial, e nem olharam para tráz. Nunca mais se ouviu deles...

Para evitar estes, e outros problemas deve-se informar os visitantes e tripulante como se vestir e se portar no barco.
Vestimenta : Roupa confortável - Calça jeans, Abrigo, Bermuda - Camiseta - Boné - Agasalho - Impermeável.
Calçado : Dock side, ou tenis de sola que não marque e não escorregue.
Roupa de cama: Quando for passar a noite. Tb é bom avisar que  as noites a bordo podem ser bem frias.
Protetor solar é outra boa lembrança. Normalmente saímos para velejar, e não queremos voltar com o barco cheio de camarões.
É IMPORTANTE INFORMAR BEM COMO É O USO DO BANHEIRO! Normalmente informo que pela privada do barco não pode passar nada que não tenha passado pelo corpo da pessoa antes.
Tb é regra que todos sentam no trono para numero 1 ou 2 (obviamente).

Para trevessias mais longas é bom levar:
livros, I pod, remédios habituais da pessoa além de remédios para enjoo. Tampões de ouvido para poder dormir sem se incomodar com o barulho dos outros tripulantes nem do motor, no caso de falta de vento.
Lembrem-se, o que uns consideram apenas bom senso, nem passa pela mente de outros...